Tinha
caracóis dourados e uma flor na mão, vivia numa casa alegre e colorida com
cortinas floridas que exalavam um perfume doce onde as borboletas pousavam e
espalhavam pelos campos verdejantes a sua ingenuidade de criança.
Sonhava um
dia poder ser uma fada rodeada de duendes e balões coloridos.
E tal como
as fadas ter um dom…. e tinha, sorria, cantava e balançava o corpo frágil num
ondular marítimo, subia montanhas, voava e apanhava nuvens e raios de sol, rebolava
pelas dunas até à praia de areia fina a espalhar as estrelas do mar como poemas
para crianças felizes!
Não tinha
pressa em crescer!
Não tinha
pressa em viver!
“O que
queres ser quando fores grande?” .... não interessa!
“Tens de
comer a sopa toda para seres forte e saudável!” …. Não importa!
O que
interessava mesmo era ver a vida de cima e correr, saltar, brincar e com a
imaginação viver histórias de encantar ….
Ia ter muito
tempo (mais dos que enquanto criança!) para que o sonho se transformasse e o
cavalinho de pau onde passava horas sem fim a baloiçar se tornasse num relógio
que controlava o tempo!
O que importa
mesmo e agora é ser criança!
Mas um dia,
inevitavelmente, o tempo chegou e tudo mudou!
E com o
passar do tempo os caracóis dourados ficaram esbranquiçados e já não conseguia
correr e saltar mas no seu íntimo continuava a alimentar borboletas e a apanhar
nuvens e raios de sol….
As estrelas
do mar ficaram para sempre guardadas no seu coração.
Beijos
(começou por ser uma tentativa(!!??) de um conto para crianças, mas nãããão!!!)
Lindo texto, Bé. O que importa é que guardemos para sempre um pouco da criança que fomos e não percamos a capacidade de sonhar!!! Gostei muito!!! Bjnhs grandes.
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