segunda-feira, 27 de dezembro de 2021

Resumo de um Natal!

 



Resumo de um Natal!

Este ano com a alegria de ter a companhia da "nossa menina"❤🎅

Natal 2021


 Quando chegávamos da consoada em casa da avó, o meu pai abria a porta e ..."catrapum..." ouvia-se um barulho estranho, de algo a cair!....eu era pequenina e aquele som era assustador e misterioso já que os meus pais, que sempre sustentaram a magia da época, diziam que era o menino Jesus a sair pela chaminé depois de deixar os presentes no sapatinho de cada um de nós.

Os sapatos, esses tinham sido deixados no fogão da cozinha, na esperança de receber o que tínhamos pedido por escrito nas cartinhas "pequeninas" que todos os anos escrevíamos ao menino Jesus....
Hoje não me lembro dos presente que recebia mas de certeza que eram brinquedinhos que faziam arregalar os nossos olhinhos de satisfação "... como é que Ele não se esqueceu!?..."
Esta magia já não é cultivada e eu gostei de ter passado por ela!
Feliz Natal para todos com muita saúde, alegria e já agora com um pouquinho de magia para nos alegrar.
(Aqui deixo pozinhos de perlimpimpim).

sexta-feira, 23 de abril de 2021

Letras




Se eu conseguisse escrever sem parar, contar as histórias que não vivi, inventar cores do céu e peixes no rio!...

Se eu conseguisse escrever com uma voz e gritar pelo verde das árvores, suar folhas delicadas e chorar pétalas de flores amarelas...

Se eu conseguisse escrever e abraçar este tempo que já vai sendo curto!

Ora se eu conseguisse escrever, escrevia sem parar..

Palavras.


Sons de letras saiam dos meus dedos!

Percebiam sem som o fluir da mensagem que não consigo dizer pela voz..

Nem com o olhar!

Pela calçada corria, corria e deixava-me agarrar pelos braços das letras que rodopiavam há minha volta num bailado infantil...

Sem parar...um dia vou escrever!

Raiz

 





De terra em terra
Estamos todos ligados!
De ramo em ramo
De raiz em raiz
Sempre!

O céu corria em azul

 


O céu corria em azul

O vento soprava para norte

Os passos eram estreitos para a a viagem parecer maior..

Os pormenores habituais são os repetidos destaques ...


domingo, 4 de abril de 2021

Páscoa na aldeia


A Páscoa na aldeia

“Ouves o sino?... que horas são? Ainda é tão cedo!

O compasso já está perto!"

O sino tocava tlim tlom… tlim tlom… a avisar que o Senhor estava a chegar à nossa casa!

"Meninos venham… despachem-se….”

 Ouvia-se o estalar de fogo como que a anunciar que acabou de sair de uma casa que ficou cheia de alegria e vida.

Já os vejo à entrada onde o chão devidamente decorada com flores para anunciar que sim… o Senhor pode entrar na nossa casa….

Nós, esperávamos ao cimo da escadaria pela chegada, eles vinham apressados e suados, e lá subiam de capas esvoaçantes vermelhas, um com o sino, outro com a água benta e ainda outro com a pasta para guardar as ofertas e por fim a cruz.

Ao entrar na sala diziam umas palavras abençoadas, molhavam-nos com a água benta e o meu pai a quem era entregue a cruz nos dava a beijar os pés do Senhor (era a parte que eu menos gostava, peço desculpa, mas muitas vezes fiz de conta que beijei)

Na mesa da sala estava um banquete de amêndoas, bolos, bolachas e vinhos para os receber… uma almofada era colocada no aparador para o Senhor descansar enquanto os mensageiros degustavam …

 Eu o Vasco esperávamos ansiosos que eles fossem embora para podermos “atacar” as doçarias que sobraram na mesa… eles desciam aquela escadaria apressados, creio que já um bocadinho “tocados” com o álcool da manhã mas firmes e já com o sino a tocar… são do campo! Estão habituados!

Ao descer a escadaria as capas esvoaçantes ficavam para trás como que fossem voar (mais tarde, já com a minha filha eu dizia que eram os “super-homens”) até à próxima casa…

A seguir o cabrito que já estava temperado de véspera pela nossa mãe era levado a casa do Sr Adão para assar no forno do pão, assim como o arroz. Ainda hoje sinto aquele sabor, esse sim, abençoado… era tão bom!!!!

Lembro-me que eram três dias fantásticos, matávamos saudades dos nossos amigos das férias, eram dias de liberdade com cheiro a pinheiro e rio Douro….

Quando estava calor até pareciam as férias de verão, era tanta a brincadeira! 

No sábado de Páscoa o nosso irmão Rui ia lá sempre passar o dia…acho que nunca falhou um, desde pequena que me lembro da Páscoa na aldeia, talvez por isso seja uma festa que na cidade não tem magia. Mais tarde, já casada e com filha, continuamos a ir com os meus pais e o Vasco

A Inês não gostava nada do fogo, fugia a sete pés e subia por mim acima sempre que o ouvia!

Três dias de pura contemplação!

Três dias de reflexão!

Três dias de repor energias!

Três dias de passeios… houve uma Páscoa que nevou e fomos com os pais à serra de Montemuro, saímos para brincar na neve com a Inês, quando olho para trás estava o meu pai a enterrar os pés na neve todo contente, como uma criança, porque nunca o tinha feito ou sentido o prazer da neve, foi uma risota… parecíamos todos umas crianças a atirar bolas de neve, o Fausto para delicia da Inês pôs uma bom bocado de neve no carro que ao descer a montanha ia derretendo…

Tantas histórias… tantos cheiros… tantas saudades…

Era assim a Páscoa na “minha aldeia”

 

  

sexta-feira, 12 de março de 2021

Mana, mais um ano!

 

Parabéns mana e espera por mim!

Vou ter contigo e vamos dar uma volta.

Pode ser aí junto ao mar.

Primeiro navegamos na imensa praia de vento onde as recordações da areia nos leva ao jogo do prego, aos primeiros amores, à toalha estendida, à descoberta pelos rochedos de histórias imaginárias de encantar! (tu adoravas…. Eu odiava).

Depois caminhamos pelas ruas da cidade…

Vemos montras, dizemos disparates sem fim, criticamos tudo, rimos até não poder mais, dizemos um adeus apertadinho já com saudades, sempre a olhar para trás até uma de nós entrar no elétrico a achar que foi um dia “bestial” …Porque estivemos juntas!...

Estás a ver mana (aqui devia estar escrito um palavrão), este ano nada disto é possível!

Não nos podemos beijar, abraçar …

Nem imaginas a quantidade de disparates que já escrevi…. E apaguei! Não ficava bem, neste teu dia dizer coisas…. Sim coisas, coisas sem sentido… só para rir!

Como eu gostava de hoje te fazer rir, rir, rir muito…. Mas aí podias “descolar” e era uma chatice! Olha que os tubinhos de cola estão pela hora da morte….

Sabes mana, neste teu aniversário, neste ano de rejuvenescimento e esperança queria dar-te um presente (juro que não é mais um passe-partout) queria dar-te um presente memorável e pensei, pensei e descobri que só te posso dar o meu amor, a minha amizade, as minhas palavras, os meus beijos e abraços (para quando for possível) e nunca, mas nunca deixar de te amar.

Olha a lagrimita!!!