Uau, estou a voar!
A sério… estou a voar pelo
céu azul, ao longe um bocado escuro com novelos de algodão a flutuar, vou
saltar para as nuvens e brincar como uma criança!
Criança! Melhor seria mesmo
ser… uma criança!
Deixem-me comer gelados e
chocolates sem pensar que faz mal!
Deixem-me andar de bicicleta
à louca sem noção do perigo!
Deixem-me nadar para fora de
pé sem medo de ser engolida pelos mares de ondas ferozes!
Deixem-me construir castelos
na areia!
Deixem-me pensar que as fadas
existem!
Deixem-me fazer sopinhas com
as folhas das plantas, ou pintar as unhas com pétalas vermelhas.
Deixem-me brincar ao lencinho,
ao elástico ou ao “mata”
Deixem-me…. Deixem-me…. Deixem-me...
Continuo a voar e não quero
parar.
Estou a gritar, de dentro de
mim saem sons de revolta a pedir misericórdia por este mundo podre em que todos
pensam que, uns são mais que os outros, outros que pensam que são superiores
sem o serem e ainda, outros que pensam que são a verdade e afinal, são a
mentira….
Porque matam?!
Porque violam?!
Porque mentem?!
Porque traem?!
Quem disse que alguém ia mandar
em todos nós?!
Quem foi o iluminado que deu
a ordem?!
Quem achou que alguém um dia se
podia rir sarcasticamente de um semelhante vestido de “pijama” às riscas”!
Ui, não gostei de passar por
aqui…. Ainda bem que por cá tivemos um Aristides de Sousa Mendes.
E lá vou eu no meu voo plano,
nem preciso de asas!...flutuo simplesmente pelo ar como uma andorinha, não, voar
como uma poupa, que é o meu pássaro preferido.
Olha! Estou a ver um prado…é
verde! Sempre me fascinou o manto verde, apetece descer aos rebolões pela
encosta até ao riacho.
Não, não
vou parar, continuo a experimentar voar, eu que nunca andei de avião, até que
está a ser divertido, talvez a morte seja assim, vou treinando!
E neste
meu voo plano, não faço planos
Vejo
tudo e todos.
Vejo o
bem e o mal.
Vejo os
que se importam e os que se estão a “borrifar”.
Vejo os
que falam pelas costas e os que abertamente dizem…o que devem dizer!
Vejo
abraços e facadas.
Vejo
gritos, vejo dor.
Vejo
amantes.
Vejo
solitários e vejo sós.
Vejo
risos, vejo lágrimas.
Vejo
crianças e idosos.
Vejo ódios
e vejo amor.
Vejo
preconceito e corajosos.
Vejo o
passado, vejo o presente.
Mas não consigo
ver o futuro…. Também seria muita presunção da minha parte, já me chamaram “D. Maia”
não como a taróloga, Maia, nome de cidade, ehehehe!!!..foram confusões
informáticas.
Mas como
estava a…escrever, estas potências mundiais andam tão mal, o nosso país tão
pobre e podre, com a corrupção cada vez mais como profissão, que não tarda nada
faz descontos que não agouro um futuro sorridente ou brilhante…para as gerações
seguintes.
Mas como
diz o povo “… um dia de cada vez, dois é de mais!...”, com razão, não seria possível
pôr 48h em 24h, era muita confusão no sistema solar, no ecossistema na biodiversidade…
E nas
nossas cabeças? Nem se fala, já somos,
constantemente, controlados pelo relógio, se já não temos, deste modo ainda ficávamos
com menos tempo para VIVER (fazer o que nos apetecer), era tudo ao nano minuto e todas as nossas rotinas alteradas e aceleradas,
se achamos que “isto” passa depressa, então é que ia ser… grande confusão, desorientada,
foi como fiquei agora a escrever este paragrafo….
Sei eu
que também não sou das melhores pessoas, mas de certeza que não sou das piores….
Já ajudei uma velhinha a atravessar a rua e um paraplégico a escolher fruta no
supermercado…Isso conta, não conta?!
Bem, agora
vou ter que aterrar ali na cozinha para fazer o jantar, arrumar a cozinha,
tirar a roupa da máquina, pôr roupa na máquina, lavar a louça, preparar a roupa
para amanhã. Ufa! Até fiquei cansada.
Mais
logo continuo o meu voo, depois conto tudo, por onde passei o que vi e o que
senti…
Será que
dá para ir a outra galáxia? É que já estou tão fartinha de política, finanças e
Trump’s… é que já não se aguenta!
E fujam
de quem vos faz sentir mal e suga as energias…
Só
companhias positivas, tá!