O não, o
não quero, o não sei prevalece no nosso dia a dia dando lugar a um egoísmo desmesurado em que o sol não brilha e nos seca o
pensamento como se fossemos um rio de pequeno caudal….
Vemos, mas
não entendemos!
Vivemos um
misto de medo e raiva
Medo da
solidão!
E numa surdez e em silêncio
Gritamos!
Espezinhamos!
Fazemos
birra tal uma criança mimada… Sempre com
esta raiva de não entender!
Sempre com
o medo a espreitar.
Continuamos
a ver,
E a não
entender,
Talvez sem
culpa…. Talvez sem mágoa
Se um dia
conseguirmos ver… entender
Talvez!
Talvez!
Não há perdão,
Mas também
não há ódio,
Só raiva…
só tristeza!
Continuamos
a olhar…
Desta vez para
uma cadeira vazia…
Mas o espírito
está lá
Inerte!
Passivo!
Embrenhado
num misto de apatia e desespero físico!
Com dor!
Doente!
Apático!
………………………………………..
Volto-me e
olho pela janela
O dia está
claro, sem sol, como que a adivinhar que o coração enfraquecido não chora
lágrimas egoístas mas bate calmo, alegre até, na ânsia de sair a voar por aí a
correr, a gritar ainda há tempo… ainda vamos a tempo de pôr o mundo direito…
❤