Analisar pessoas é fascinante mas ao mesmo tempo pode ser desconcertante!
Não quero que todos pensem como eu, gostava que “de vez em quando”
pensassem como se fossem “o outro”
Ser repetitiva é maçador!
Por isso mesmo vou
começar a escrever sobre pessoas, mas começo por quem?
Pelos próximos?
Pelos meus amigos?
Pelos que não me são nada e passam em passo ligeiro pela
minha vida?
Pelos que marcaram a minha vida?
Pela Cândida, ou pela Fernanda que adoro e me trazem tantas
saudades da infância e das férias na Pala com os avós.
Pela Paula do 4º andar, pela Antónia florista, ou mesmo pela
Carmem do r/c?
Se fôr por aí tenho que juntar à lista a Manuela do 4º andar
e a Mónica do 2º!
(riso) Gosto tanto de todas!
Estes últimos exemplos até que acrescentaram muito há minha
vida, generosidade, simpatia, solidariedade, amizade, …enfim, saber ser “vizinho”
na verdadeira definição da palavra não é fácil, é preciso disponibilidade,
saber ouvir, compreender, correr para…e cordialmente saber saudar e saber receber
a saudação.
Conversar é bom… com alguém que acrescente, então, é muito
melhor!
E porque fiquei triste com as últimas noticias que recebi,
gostava de vos falar da Carmem
Tenho pensado muito nela e de como estará neste momento!
Não quero parecer snob em falar sobre uma pessoa que apesar
de não me ser nada, é muito, porque basta eu pensar nela para me ter deixada
por algum motivo, uma marca.
Que me perdoem os seus verdadeiros amigos… mas é o que eu
sinto:
Nunca fomos amigas e muito menos íntimas, as nossas
conversas começaram por ser de circunstância, resumiam-se aos encontros à
entrada do prédio, com o passar dos anos passaram a ser sobre “pontos de vista”,
razões, reações …. sim…. É uma pessoa que deixa marca no outro, que deixa o seu
cunho, a sua sabedoria…ACRESCENTA!
E nisso a Carmem é um exemplo!
Uma cultura devastadora, um saber falar de todos os assuntos,
saber pôr-se ao nível dos outros e mesmo sem vaidade enaltecer o seu ponto de
vista, a sua cultura superior a todos nós, uma simpatia de rasgar sorrisos, conversar
com ela é uma verdadeira viagem, sentíamos o cheiro e as sensações do lugar por
onde passou, com e como descrevia conseguia-mos ver os pôr do Sol em África, o
nascer do Sol nas Américas, aliás, cheguei a sugerir um livro de viagens (que
parece estar planeado pelos diários de viagens que fazia)
Parece que quando ficou doente, para ela, foi fácil, pelo
menos era o que transmitia, tinha tanta força nas palavras que seguramente ia
ficar curada.
“Tem de fazer uma palestra sobre luz e positividade…”
disse-lhe eu um dia que o fizesse para “nós” porque quando se está mal
conseguir dizer e transmitir tanta coragem e força com um sorriso, é fascinante!
Tudo o que eu ouvi é de uma força gigante, é de um ser
iluminado…. Depois de a ouvir “nós” ficámos cheios…
Ela, não sei como ficava ou está na sua dor!
Espero que melhore, porque do coração, eu gosto muito dela.