Achas que algum dia eu me podia
esquecer de ti!? Nunca!
Não vou ser hipócrita e dizer que
penso em ti todos os dias, claro que não! Nem me lembro há quantos anos
partiste! Nem quantos anos fazias! Acho que também não interessa… foste nessa
viagem para eternidade e talvez até sejas mais feliz que nós, quem sabe!?...
É que isto por aqui está mesmo mau!
Olha uma coisa! Achas que um dia eu
podia ser escritora? É que a minha cabeça parece uma máquina de escrever mas
sem papel… não imprime nada…
Ele são histórias … de fantasia selvagem!
Ele são poemas … tristes, muito
tristes…. E eu não quero ser triste, antes quero ser parva! (vamos esquecer
esta veia)
Ele são opiniões com medo de as dar…
não quero magoar ninguém!
Talvez quando chegar a idade da reforma
compre o toner!
Sim, porque apesar de ser a mais
nova, já estou a ficar… assim… como hei-de dizer!.... não… não quero! Não vou
dizer…. Ok… sem receio…. velha!!!!! (credo! Já disse)
Não te rias!... Um dia também me
telefonaste só para expressar o teu escândalo quando no centro de saúde
disseram que estavas na lista dos da 3ª idade, eu metida dentro de um táxi perdida
de riso com a tua indignação e com um motorista desconfiado a olhar pelo
retrovisor …. Adorava o teu sentido de humor! Acho que ninguém percebe o meu!
Quando somos miúdos pomos os nossos
“viajantes” no paraíso.
Agora, sabemos ou pensamos saber (?)
que todos somos energia!!!! Sendo assim, meu irmão, se por acaso encontrares o
Fernando Pessoa o Vinicius
de Moraes e o papá diz-lhes que gosto da tristeza de um da realidade e
suavidade do outro e que sinto a falta da mão da papá na minha cabeça.
Entretanto
vamos falando como até aqui…por telepatia (se é que me entendes! Um segredo
nosso)
Tenho tantas saudades tuas!
Pela chegada…Parabéns!
Pela partida… um dia havemos de nos
encontrar!
Sem velas nem estrelinhas, até lá!
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