22/03/2015
Ir ao cinema, quase que era um acontecimento, então a
autorização para ir tinha que ser negociada entre “pergunta ao teu pai”
“pergunta à tua mãe” e andávamos ali num ping-pong com vontade de dizer “eu
decido” mas claro, não podíamos, o respeito e a obediência eram-nos impostas e
faziam parte já do modo de vida que nós, nesse tempo, nem questionávamos….
Tinha que ser assim sem muita reclamação, a seguir vinham as perguntas… com
quem? o nome? onde mora? a que horas é o cinema? a que horas voltas, quem te
trás? etc, etc, etc…. e lá vinha um sim!, olha se fosse agora!, a comunicação
era feita por telemóvel e “…se quiseres alguma coisa, deixa mensagem, que eu
respondo quando puder…” bem, bem, bem há coisas que nunca mudam e desde o
momento em que se é mãe pimba tudo fica igual “ quem é?” “voltas tarde?” “deixa
o tlm ligado” e não dormes enquanto não ouvires a chave a abrir a porta, aí viras-te
para o outro lado e já podes dormir descansada….. até á próxima!
Blá blá blá os tempos eram outros, sim eram mas as
preocupações, essas são iguais, completamente iguais…. Nem consigo imaginar e
porque já estou rendida às tecnologias como seria…. As mães não podiam mostrar
agitação nem preocupação porque senão o pai acordava e lá vinham as perguntas “
a menina já chegou? não? já viste as
horas?….” ehehehe…. agora são os pais que se levantam a meio da noite para ir
buscar os filhos seja lá onde for.
Como já disse, tudo diferente mas tudo igual!!!
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